Será a ganância garantia de desenvolvimento?
Gandhi e a Economia

com Rajni Bakshi

Mohandas Karamchand Gandhi é mais conhecido como apóstolo da paz. Este fórum focalizará seu lado menos conhecido – seu lado crítico em relação à modernidade e sua visão de uma sociedade humana saudável.

Certa vez um jornalista britânico perguntou a Gandhi o que pensava da civilização moderna, ao que o Mahatma respondeu: “Seria uma ótima ideia”.

Em que Gandhi se baseava para alegar que a era moderna não podia ser chamada de uma civilização? Será que sua crítica ainda é relevante para o nosso tempo? A fim de responder a esta questão examinaremos os seguintes tópicos:

• Por que Gandhi acreditava na nossa aptidão para a não violência?
• Como Gandhi conseguia ser profundamente hindu e ao mesmo tempo universalista?
• Por que isto o levou a ver culturas e civilizações distintas como oceanos que se fundem?

A crítica civilizatória de Gandhi pode nos ajudar a repensar alguns dos problemas aparentemente intratáveis de nossos tempos. Por exemplo, há uma crença bastante difundida de que o choque civilizacional é um dos maiores estopins da geopolítica. Mas uma análise mais acurada mostra que os estopins são de outra natureza.

No início do século 21 a adoção dos Objetivos do Milênio das Nações Unidas propiciou um entendimento global quanto à necessidade de assegurar para todos um bem estar material básico. O conceito gandhiano de “sarvodaya” – literalmente: a ascensão de todos – e o conceito de “tutela”, nos desafiam e inspiram a trabalhar por mudanças fundamentais e estruturais – ao invés de atingir metas fragmentadas.

Tal abordagem nos coloca num caminho em que a busca de lucros deve vir depois da busca daquilo que não tem preço, ou seja: o frágil equilíbrio dos ecossistemas naturais. Nesse contexto, podemos nos voltar para os fundamentos de uma Economia da Permanência, articulada pelo discípulo de Gandhi, J. C. Kumarappa, economista, contador e administrador de empresas, pioneiro das teorias sobre o desenvolvimento da economia rural na Índia.


7 de outubro de 2014 • terça-feira • 19 horas
Auditório do MASP • Museu de Arte de São Paulo

Av. Paulista, 1578 – São Paulo/SP – Estação Trianon-Masp do metrô
Entrada franca – Não é necessário fazer inscrição antecipada


Rajni Bakshi é escritora e jornalista especializada em Economia. Graduada pela George Washington University e com mestrado pela University of Rajastan, ela publicou inúmeros livros sobre cultura de mercado, economia do bem-estar e a nova economia, a redescoberta de Gandhi e cidadania pela paz, na sua maioria publicados pela Penguin. É membro da Gateway House, do comitê executivo do Gandhi Smriti e Darshan Samiti, corpo autônomo do Ministério da Cultura da Índia, e do Centro de Educação e Documentação de Mumbai e Bangalore.

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