Data: 16/03/2011
O Homem sempre copiou a Natureza. Em tempos mais recentes, com a perda de contato com a mesma Natureza, passou a fazê-lo de forma menos consciente ou até, em certos casos, se afastou dos ensinamentos naturais.

De alguns anos para cá tem-se procurado sistematizar os processos de imitação da Mãe Natureza – Biomímica. Esta imitação já produziu alguns de nossos mais expressivos e interessantes inventos.

O Aquário de Monterey, na Califórnia, mostra, em um filme de quinze minutos de duração – “Baleias e Moinhos” – alguns destes inventos:

George Mestral inventou o velcro a partir da observação da forma como os carrapichos se prendiam no pelo de seu cachorro. Olhando no microscópio percebeu que as pontas dos carrapichos tinham pequenos ganchos que se enroscavam nos anéis da pelagem de seu cão.

Frank Fish – que coincidência este nome! – era fascinado por uma baleia que apesar de suas quarenta toneladas conseguia sair completamente da água em seus saltos. Observou também que suas barbatanas não eram em seta como as do tubarão mas sim dentadas, como as de uma roldana. Adaptou tais bordas aos moinhos de vento da atualidade e obteve um aumento de quarenta por cento na produção de energia.

A um cientista japonês foi pedido que desenvolvesse um invento para reduzir o impacto dos trens de alta velocidade na entrada de túneis e na passagem sob viadutos. Copiou, exatamente, o bico de um pássaro aquático cuja principal característica era mergulhar no mar praticamente sem levantar água e pegando os peixes de surpresa. Pois bem, o trem hoje passa pelos túneis sem provocar o mesmo impacto que produzia antes. E ainda ganhou mais dez por cento na velocidade.

O filme mostra ainda muitos outros inventos deixando claro que a solução de nossos problemas e necessidades está sob nossos olhos. Basta abri-los… e observar.